Alguém diz com lentidão:
"Lisboa, sabes..."
Eu sei. É uma rapariga
descalça e leve,
um vento súbito e claro
nos cabelos,
algumas rugas finas
a espreitar-lhe os olhos,
a solidão aberta
nos lábios e nos dedos,
descendo degraus
e degraus
e degraus até ao rio.
Eu sei. E tu sabias?
Eugénio de Andrade
(in Poemas)
Uma homenagem a Lisboa, uma cidade tão bonita, de dia, de noite, ao entardecer...numa colina escondida, que espreita para lá do rio...ou ver o sol nascer, numa esplanada perdida, que não quis adormecer...
Uma homenagem a Eugénio de Andrade, o "poeta do corpo", que escreveu poemas de uma enorme beleza e sensualidade, geralmente curtos e aparentemente simples, mas de grande densidade e que privilegiam a evocação da plenitude da vida e dos sentidos.
Uma homenagem a Eugénio de Andrade, o "poeta do corpo", que escreveu poemas de uma enorme beleza e sensualidade, geralmente curtos e aparentemente simples, mas de grande densidade e que privilegiam a evocação da plenitude da vida e dos sentidos.
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