
No ano de 1910, nos dias 4 e 5 de Outubro, alguns militares da Marinha e do Exército iniciaram uma revolta nas guarnições de Lisboa, com o objectivo de derrubar a Monarquia. Juntamente com os militares estiveram a Carbonária e o as estruturas do PRP (Partido Republicano Português). Na tarde do dia 5, José Relvas, em nome do Directório do PRP, proclamou a República à varanda da Câmara Municipal de Lisboa. No dia 6 o novo regime foi proclamado no Porto e, nos dias seguintes, no resto do país.
A Bandeira que tantas vezes agitamos (normalmente em dias de festarola, relacionados com a selecção portuguesa de futebol e ironicamente por muita, talvez demasiada, responsabilidade do brasileiro Scolari), e o hino que (agora) sabemos "na ponta da língua" são uma consequência deste dia.
"A Portuguesa", nome pelo qual é conhecido o nosso hino, foi composta em 1890, com letra de Henrique Lopes de Mendonça e música de Alfredo Keil:
"A Portuguesa", nome pelo qual é conhecido o nosso hino, foi composta em 1890, com letra de Henrique Lopes de Mendonça e música de Alfredo Keil:
A Portuguesa
Heróis do mar, nobre Povo.
Nação valente, imortal
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!Às armas, às armas
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas
Pela Pátria lutar,
Contra os canhões marchar, marchar!
Curiosamente, a música original tinha mais duas partes que foram retiradas em 1957. Existia, nessa altura, uma série de versões do hino, não só na linha melódica, mas também nas instrumentações. De qualquer forma, aqui fica o resto da letra:
Desfralda a invicta Bandeira,
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira
Portugal não pereceu.
Beija o solo teu jucundo
O oceano, a rugir d'amor,
E o teu braço vencedor
Deu mundos novos ao Mundo!
Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco duma afronta
O sinal de ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm
Contra as injúrias da sorte.
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira
Portugal não pereceu.
Beija o solo teu jucundo
O oceano, a rugir d'amor,
E o teu braço vencedor
Deu mundos novos ao Mundo!
Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco duma afronta
O sinal de ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm
Contra as injúrias da sorte.
Até aos dias de hoje, muitas personalidades de diversas áreas e partidos, desempenharam o cargo de Presidente da República, a que muitos já apelidam "das bananas!". Críticas à parte, deixo um link para a lista dos Presidentes Portugueses.
O saber, não ocupa lugar.
O saber, não ocupa lugar.
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